Retornamos ao Hotel Chile e finalmente encontramos Vivi e Dorli que a esta altura estavam em “cólicas” com a nossa ausência....rssss.....
Aqui é preciso um parêntese.
Não conhecíamos o Dorli, visto que ele era amigo da minha irmã Vivi, mas que grata surpresa. Que pessoa especial... Simpático, inteligente, espirituoso. Sempre com uma tirada inteligente e, por vezes, engraçada. E dele adotamos (Amanda e eu) algumas expressões que utilizamos até hoje, nove meses após nossa deliciosa viagem.
Ah, sim, e o “adotamos” como membro da família também.
Bem, voltando a viagem em si.
Vivi e Dorli nos contaram como foi o dia. Que o voo deles fora maravilhoso. Aliás, Vivi me confessou hoje que eles quase fizeram xixi na calça de medo de voar, pois não estavam preparados para a “corridinha” do avião.....rssss.... e mesmo assim ainda tiveram disposição para tirar muitas fotografias durante o voo.
Depois de nos interar sobre o dia de nossos companheiros fomos conhecer os aposentos do Dorli. Eu que reservei!!...rsss... e não é que era um Loft!!! Nossa muito chique!!!! Ah, e a sunga pendurada no ar condicionado para secar, mais chique ainda...rssss.....
Apresentações feitas e papo em dia, resolvemos dar uma voltinha, mas como não tínhamos ideia de onde ir tomamos um ônibus para o Shopping. Esqueci o nome, mas era bem longe!!! Mas o bom é que o ônibus era praticamente nosso. O motorista até ficou esperando enquanto fazíamos o nosso ensaio fotográfico e, diga-se, foram vários durante a viagem......rssss.... ah, e isso acabou trazendo consequências trágicas mais tarde....affff......
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Nosso ônibus exclusivo....rssssss.....
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Caminhamos bastante pelo Shopping, comemos e lá pelas tantas, ou seja, no horário de fechamento do Shopping, fomos embora.
Para ir ao Shopping foi fácil, agora difícil foi descobrir o ônibus que nos deixaria de volta no Pelourinho. Ninguém sabia nos informar qual ônibus pegar. Esperamos um bocado.
Depois de sei lá quanto tempo esperando o ônibus, conseguimos embarcar. O cobrador e o motorista foram muito gentis em nos explicar que nós ficaríamos ao lado do Mercado Modelo e que àquela área é muito perigosa à noite, que era para termos cuidado e tal.
E o ônibus andou, andou, andou. E depois de andar bastante pela periferia, parando em vários lugares que a nós pareceu bem estranhos, só restamos nós no ônibus. Confesso que já estava meio preocupada.
O motorista fez a gentileza de nos deixar o mais próximo possível do Mercado Modelo de modo que pudéssemos ir rapidinho até o Elevador Lacerda e nos recomendou, mais uma vez, enquanto descíamos, para termos CUIDADO!!
Àquela altura, cada um de nós, creio eu, estava preocupado com a segurança e a integridade física.
Eu desci do ônibus, dei o braço a Amanda e sai caminhando o mais depressa que pude. Minha mãe vinha próxima a nós, Samuel e Kate logo atrás e Vivi e Dorli por último. Lembro da Vivi ter comentado algo por eu estar andando rápido, talvez ela nem se lembre do comentário que fez em razão do que aconteceu logo a seguir... (Ai, só de lembrar já tenho vontade de rir...)
Então, enquanto caminhávamos rapidinho em direção ao Elevador Lacerda, na altura da lateral direita do Mercado Modelo Samuel disse “Gente, não olha para atrás...”
Vivi largou o braço do Dorli e saiu em disparada de sua “ultima colocação” passando por nós praticamente correndo de “sei lá o quê”. Samuel, claro, começou a rir e eu também não me aguentei. Tive uma crise de riso, mas não era um risinho, eram gargalhadas que ecoavam pela praça SILENCIOSA e ESCURA em frente ao Mercado. E enquanto eu ria descontrolada Amanda me repreendia meio que (ou totalmente) solidária à tia “Pára mãe. Pára de rir!!” E aí que eu não me segurava mesmo.
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Desembarcamos lá atrás do Mercado Modelo e passamos pela lateral direita. A praça que mencionei fica na frente e, diferentemente da fotografia, estava bem escura. |
O curioso é que no início a Vivi até riu, mas depois ficou muito brava e até chorou, se não me engano (chorou não é Vivi??).
É difícil retratar na escrita o que foi àquele momento. Eu ri ao ponto de precisar me curvar, enquanto esperava o elevador para não fazer xixi na calça. Confesso que o xixi começou a descer....rsss.... É horrível, mas é preciso confessar, fazer o quê.
A reação de pânico da Vivi por mais que a ela tenha causado sofrimento, a nós (pelo menos a mim e ao Samuel) foi cômica, afinal ele não disse nada demais. Ele sequer completou a frase e ela se apavorou.
Uma frase simples, uma brincadeira, mas o suficiente para causar, digamos, um pequeno e cômico incidente.
E o climão que ficou depois quando percebemos que ela realmente ficara apavorada e zangada.... afff... no quarto, então, parecia que tinha morrido alguém. Ela emburrada nem falou com mais ninguém. Nem deu boa-noite. Ficou esquisito, ah, mas que foi engraçado foi.
Para se ter uma ideia do quão engraçado foi, semana passada conversando com ela no MSN e relembrando este episódio eu ri tanto que cheguei a chorar...ai....ai....(e olha que já se passaram meses)
Tadinha, ela pensa que eu rio dela, mas não é não. É da situação em si.
Agora, gente, justiça seja feita, realmente, esta região dá medo à noite!!! A praça escura com algumas pessoas dormindo ali... virgem Maria!!! Graças a Deus não nos aconteceu nada, pelo menos não naquele dia.
E assim se encerrou nosso primeiro dia em terras baianas.
Balanço do dia:
Foi um dia estranho!! Não foi ruim, mas estranho.
1) Conhecemos uma parte do Pelourinho e percebemos o quanto as pessoas gostam de abordar os turistas com a desculpa de “presentear”, “contemplar” com uma fitinha do Nosso Senhor do Bonfim. E aqui, uma informação de utilidade pública a quem interessar possa: NÃO ACEITEM E CASO COMPREM, NÃO COLOQUEM A FITINHA NO BRAÇO ENQUANTO ESTIVEREM EM SALVADOR!!! Segundo informações de quem mora, trabalha e conhece tudo por lá isto é para marcar o turista para ser assaltado depois. E isto nos foi dito por MAIS de uma pessoa.
2) Começamos a ter uma ideia do quão Salvador é perigosa. Violenta, descobrimos depois...
3) Conheci uma baiana pra lá de simpática que também me falou para tomarmos cuidado.
4) Os poucos vendedores que conheci foram extremamente mal educados. Quer ver eles te tratarem mal? É só entrar numa loja perguntar o preço, agradecer e fazer menção de sair sem comprar.... vixi Maria, eles se transformam!!! Te olham com cara feia e se você antes de sair pedir mais alguma informação quase que te fuzilam, isso quando não são desaforados. Estranhei muito este tratamento. Não que por aqui não aconteça de ser mal atendida por um vendedor ou outro, mas ser mal tratada porque perguntei o preço e não comprei, nunca tinha acontecido. E em Salvador isto aconteceu comigo em mais de um lugar. Conversei com algumas pessoas que me disseram ter vivenciado a mesma coisa.
Peço desculpas aos baianos que lerem este post, juro que não estou generalizando, mas fiquei com uma impressão muito ruim dos vendedores e com a sensação de que isto faz parte da cultura local (espero estar enganada).
4) O povo baiano dá informação com boa vontade e presteza, exemplo deste dia - o motorista e o cobrador do ônibus que pegamos na volta do Shopping. Ah, importante lembrar que não só o motorista do ônibus que voltamos do Shopping, mas o que nos levou ao Shopping - ficou esperando, pacientemente, que tirássemos várias fotografias. Motoristas nota 10!!!